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sexta-feira, 20 de abril de 2012

E não é que funciona mesmo? *ATUALIZADO*

Imagem da Wikimedia Commons.
Como os leitores já sabem, estava grávida e durante a gestação precisava usar enoxaparina sódica, medicamento anticoagulante. O que nem todo mundo sabe é que esse remédio é caro pra chuchu, e mesmo sendo de classe média, usá-lo todo dia pesa no bolso. Só pra dar uma idéia, não se consegue uma caixa de Clexane por menos de R$100,00, e ela só tem duas seringas. Multiplique isso por uns 10 meses (é pra usar todo dia, até um tempo depois da gestação) e veja o rombo que irá fazer no seu orçamento.
Pois bem. Tinha feito uma peregrinação a diversas farmácias e o preço era quase sempre o mesmo. Liguei para o laboratório da Sanofi, para saber se o medicamento fazia parte de algum programa de descontos, mas não. Então lembrei que existe auxílio do governo para a aquisição de medicamentos caros como esse. Sem esperança, liguei para o Ministério da Saúde, que me encaminhou para o Governo do Estado, que me encaminhou para a Ouvidoria da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro. Isso porque a União paga, mas o serviço é descentralizado.
Então, pra quem precisar, aí está o telefone de ouro, para solicitar medicamentos de alto custo:

0800-025-5525

Eles estimam uns 15 dias úteis para responder sua solicitação.
Num tempo menor que esse, tinha perdido meu bebê, como os leitores também já sabem (aviso logo: não foi pela falta do medicamento). Então, deixei tudo de lado e esqueci. Em 15 dias não tinham me ligado mesmo...
Mas esta semana fui surpreendida com a seguinte mensagem no meu email:
REGISTRAMOS SUA DEMANDA SOB PROTOCOLO XXXX E ENCAMINHAMOS PARA SUPERINTENDÊNCIA DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E INSUMOS ESTRATÉGICOS (SAFIE)
SEUS DADOS PESSOAIS SERÃO RESGUARDADOS QUANDO SOLICITADO OU NOS CASOS QUE ACHARMOS CONVENIENTE, PARA SUA MAIOR SEGURANÇA.
CASO QUEIRA ACRESCENTAR NOVAS INFORMAÇÕES OU ALTERAR DADOS DO REGISTRO EFETUADO, POR FAVOR ENTRE EM CONTATO COM O NOSSO SERVIÇO DE OUVIDORIA.
Juro que não esperava. Não é que funciona mesmo? Se eu ainda estivesse grávida, provavelmente teria enchido um pouco mais a paciência deles e conseguido antes. Mas infelizmente não estou mais, e por isso tive que cancelar o pedido. Pelo menos, foi rápido. Liguei para a Coordenação de Análise e eles me encaminharam para uma outra ouvidoria. Cancelei e pronto, fim da história. Aí, os telefones deles:

2333-3819
2333-3860

Atualizei este post para informar duas coisas bacanas: uma é que em Pernambuco, o MPF obteve uma sentença que garantiu tratamento domiciliar com a heparina de baixo peso molecular para o tratamento de trombofilia de gestantes pelo SUS. O melhor é que a decisão é válida em todo o território nacional. Não sei a partir de quando isto estará padronizadom mas é mais um precedente para obter o remédio. Leia a notícia aqui:http://www.mpf.mp.br/pe/sala-de-imprensa/noticias-pe/mpf-pe-obtem-sentenca-que-garante-medicamento-para-prevencao-de-trombose-em-gestantes-atendidas-pelo-sus.
A outra boa é que há um grupo de Facebook tratando do assunto Clexane de forma solidária: doações, trocas, etc. (https://www.facebook.com/groups/397895423745371/).

Abraços a todos!

quarta-feira, 28 de março de 2012

Fantasias de Cinderela

Quando eu era criança, essa era minha princesa favorita. Ganhei um aniversário com esse tema, uma linda fantasia feita em costureira, que brinquei por muito tempo. Aliás, minha filhotinha também brinca com ela. Eu não sei costurar. Minha mãe é que sabe. Mas pra quem se arrisca em linhas e agulhas, encontrei um tutorial lindo e aparentemente fácil. Confira: Cinderella dress - Halloween Costume - por Ashley, do Make it and Love it. E algumas fotos do blog dela, só pra dar um gostinho...

Aqui, o vestido pronto.
Aqui, uma parte do tutorial.
Mas se você não tem nenhum talento pra costura (como eu) pode tentar um tutu dress. Eles são simples de fazer, superlindos e dependem da sua paciência pra recortar e dar nozinhos no tule. Além, claro, de senso estético para obter resultados como esses. Veja alguns inspirados na Cinderela.

Do site Kinderbloom.

Da artesã Fairywonderful.
Do site How to make tutus.

Olha que tutorial bacana, o do blog Baby Making Machine:

Material necessário: faixa de cabelo "crochetada", enfeites à
vontade e tule, muito tule!
o grande "pulo do gato": basta um nozinho pra prender o tule.
Primeiro, você coloca o tecido dobrado no buraco e...
Enfia a ponta do tule na alça e puxa bem forte, pra ficar
um nozinho pequeno. Ta-raam!!
Qualquer dia, faço um desses pra minha filhota.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Site bacana - Twisty Noodle

Achei a idéia simplesmente genial, principalmente porque minha filha está na pré alfabetização, começando a aprender as palavras, os pedacinhos, essas coisas. Esse Twisty Noodle (http://twistynoodle.com/worksheets/) parece ser uma mão na roda para as professoras.
Neste site, você pode escolher os desenhos que deseja imprimir e trocar o texto que está embaixo, para que a criança possa cobrir a palavra e depois copiá-la, além de, é claro, colorir o desenho. Veja uma amostra:
O site é em inglês, mas o texto, você
escreve como quiser!

sábado, 24 de março de 2012

Festa de meninos - Lego


Fofo, né? E foi recheado e coberto com chocolate,
embaixo da pasta americana.
Vi esse bolo na Ucreate Parties e me apaixonei.
Aí, descobri o site I'm Topsy Turvy e vi mais um monte de bolos lindos, mas isso é outra história.
Fiquei com vontade de criar um post sobre uma festa de Lego, um bom tema pra meninos, mas que não necessariamente dispensaria as meninas.
Pra criar esse bolo, o lance é seguir esse passo a passo, disponível aqui: http://www.ucreateparties.com/2012/03/lego-head-cake-by-im-topsy-turvy.html.
No site Topsy Turvy tem mais algumas boas idéias, como por exemplo o giz de cera em formato de jogo de montar e dar como lembrancinha da festa. Uma graça! Uma vez, vi algo parecido em reciclagem de giz de cera. Fica assim, todo colorido, um visual muito bacana.Vale a pena fazer uma busca como essa aqui nas imagens do Google, para ver como se recicla giz de cera. O resultado é parecido com o da foto abaixo: peças multicoloridas e bem alegres. Outra idéia de lembrança é o pacotinho com personagens de Lego, que vendem nas lojas de brinquedo.
Lego crayon party favors
Esse visual se consegue derretendo pedaços coloridos
de giz de cera dentro de forminhas.
E pra completar, umas idéias de outros sites e blogs. Uma graça, esses cakepops de Lego e os cupcakes, também. Idéias vindas do blog Living Locurto:




Olha que convite fofo e super criativo! Faz parte do kit vendido no
próprio site. Confira: http://shop.livinglocurto.com/lego-birthday-party/

Essas imagens são do blog Delia Creates. Que legal, esse chapéu de festa! Repare também na decoração do fundo...
Uma mesa linda e simples...
...Com detalhes simples e preciosos.
Quem não ia gostar dessa lembrancinha de festa?
Outra lembrancinha muito legal é essa: um porta retrato de Lego.

Imagem daqui.

quarta-feira, 21 de março de 2012

SketchUp - o básico que é sempre bom lembrar...

Imagem do SketchUp 6.0
 Uma das melhores coisas do Sketchup é o uso das interferências, equivalente ao snap do Autocad. Quem trabalha com esta última ferramenta às vezes se enrola um pouco com a primeira, mas a verdade é que (pelo menos pra mim) a maneira SketchUp de "agarrar" as coisas é bem mais intuitiva. Segue a tradução dessa dica básica e preciosa da ferramenta:
À medida que está modelando, SketchUp dá um feedback baseado em cor, mostrando exatamente onde está o cursor dentro do seu espaço de modelagem 3D. Pontos verdes = endpoints, pontos vermelhos = edge (extremidade, aresta), pontos Cyan = midpoints de arestas e pontos azuis = sobre uma superfície. As linhas vermelhas, azuis e verdes correspondem às direções dos eixos. Linhas magenta indicam algo que é paralelo ou perpendicular a uma aresta em particular.
Para dizer ao SketchUp quando você quer inferir um ponto ou borda, basta passar o cursor sobre o item por alguns segundos. Conforme você move o cursor para longe, o SketchUp deve se lembrar que você está interessado em que ponto. Pressione e segure a tecla SHIFT para capturar e bloquear qualquer inferência, ambas as direções e pontos. Uma vez que uma inferência é bloqueada, mova o cursor para qualquer outra parte do seu modelo para referenciar uma outra geometria, para alinhamentos precisos ou para ajudar na criação de formas complexas.

domingo, 18 de março de 2012

Temas de festa de aniversário - blog da Virginia Costa

Acabei de encontrar esse blog da Virginia Costa, artista plástica, com uma linda pesquisa de temas de festa bem originais: festa da costura, festa do sorvete e por aí vai. O endereço para o post é http://virginiacgaleria.blogspot.com.br/2011/08/decoracao-de-festas.html.

Aqui em baixo, segue uma palhinha do que vocês vão encontrar lá.

Fiquei imaginando adaptar essas idéias pra uma festa de Cinderela, já que os ratinhos e passarinhos costuraram um vestido pra princesa... Quando minha mãe fez uma festa pra mim nesse tema, lembro que algumas das peças mais lindas do cenário eram justamente eles com linhas e agulhas, costurando para a Gata Borralheira.
Junta uns ratinhos aqui, uns passarinhos ali e... Voilà! Uma forma
nova de usar o tema da Cinderela.




Bordados, costuras... uma parte linda do filme da Gata Borralheira.
Quem não lembra com carinho da sequência da reforma do velho
vestido da mãe da Cinderella?
Sobremesa superfofa de framboesa. Mas poderia ser brigadeiro
de colher (de preferência acompanhado de frutas)...
O blog original destas imagens é http://blog.amyatlas.com/.
E ainda seguindo a linha das costuras...
Esse poodle aplicado no chapéu de festa me fez lembrar também
Barbie Moda e Magia. Ah, se tivesse visto isso antes... Teria esses
chapéus na festa da minha filhota.

Esse aí veio do site http://www.ucreateparties.com. Show!

terça-feira, 13 de março de 2012

Um pouco mais sobre gestação e HPN

Antes de perder o bebê, tinha rascunhado esse post. Fiquei em dúvida entre publicar ou não, já que não estou mais grávida, mas achei que seria um pouquinho de egoísmo guardar isso só pra mim. Então, respirei fundo e cliquei em Publicar. Espero que seja útil às futuras mamães com HPN. Eu, pelo menos, gotaria muito de ter lido algo assim quando estava esperando bebê...

Já vou avisando aos leitores que sou leiga (sou arquiteta, e não médica), mas como tenho essa doença há uns 19 anos e estou na segunda gestação, acho que posso pelo menos tratar de leve o assunto, mais do ponto de vista da paciente.
Minha maior motivação para começar a postar algumas coisas sobre gravidez e HPN foi a tensão que fiquei, por não conhecer nada sobre essa associação. Espero que esse post ajude a outras gestantes assim se sentirem um pouco mais confortáveis que eu me senti.
Pra começar a conversa, ter HPN nem sempre é o fim da picada. Há os casos graves, é claro, mas também há os brandos, como o meu. Estar grávida com HPN também não é o fim do mundo. É mais difícil que ser uma gestante comum, pois envolve muito mais hemogramas que você gostaria de fazer e também o uso de anticoagulantes. No meu caso, o Clexane.
Encontrei um artigo que fala de duas gestações com HPN que deram certo, no SciELO. Ele está na íntegra aqui. Mas destaquei o que acho mais relevante pra quem é leiga como eu:
  • É certo que associação entre gravidez e HPN é de alto risco; felizmente é rara.
  • Apesar da minoria das gestantes com HPN conseguirem isso, o parto vaginal é a melhor alternativa, pois acarreta menor risco de hemorragia que a cesariana.
  • Segundo o artigo, as gestantes portadoras de HPN em remissão têm prognóstico melhor.
  • A profilaxia de fenômenos tromboembólicos é obrigatória: isso é importante para a saúde da gestante e também do bebê!
  • O artigo também diz que a aceleração de maturidade pulmonar fetal pode ser considerada, e não está contra-indicada pela doença; se for necessário que o seu bebê nesça antes da hora, esse amadurecimento pulmonar é essencial para que ele fique bem.
  •  E por fim, uma das frases mais importantes: "Com uma abordagem multidisciplinar em serviços terciários é possível obter bons resultados maternos e perinatais." Tenha um bom hematologista, um bom obstera, garanta que eles conversem e troquem idéias. Você vai ficar muito mais tranquila!
Acho que o principal é manter a calma e seguir em frente. Não pense que todas as coisas ruins que você lê no "Dr. Google" irão acontecer com você. E de uma forma geral, pode reparar que as piores histórias têm as menores incidências. Curta o lado bom da gravidez e deixe o restante para os seus médicos.

sábado, 10 de março de 2012

Juntando umas idéias...

Bom, como é pra frente que se anda, pra ficar mais animadinha, resolvi reformar o quarto da minha filhota, que anda super bagunçado. A primeira versão dele, sem falsa modéstia, ficou uma graça. Com o tempo, as mudanças que tinha planejado foram desandando e resultaram numa confusão que, se tiver coragem, posto uma foto aqui qualquer dia.
Então, comecei a juntar algumas idéias:

Imagem daqui.
Imagem daqui.
Imagem daqui.
Imagem daqui.
Imagem daqui.

E vamos ver o que sai... Estou amando essas camas suspensas e o aproveitamento que se tem na parte de baixo. Gosto da idéia de uma casinha e bonecas sob a cama e mais espaço livre no quarto. Melhora tanto a brincadeira...

domingo, 4 de março de 2012

Ninho vazio

Imagem daqui.
Então, é isso. Um dia, os pássaros deixam o ninho: uns mais tarde, outros mais cedo. Uns casam, outros vão estudar fora, outros simplesmente saem em busca de sua independência, sua identidade.
Tem também aqueles que deveriam fazer uma saidinha temporária e não voltam mais: desaparecem, são assassinados, sofrem algum acidente fatal. Dizem que não há dor pior que a de perder um filho, mesmo aquele que ainda nem nasceu, que está crescendo na barriga, aguardando o momento de sair. Deve ser verdade.
Nenhuma gestação é igual à outra, certo? Pois dessa segunda vez, tive diversos pequenos sangramentos: comum, porém não normal. Pois bem: eu ia à emergência, o plantonista olhava o bebê e aparentemente estava tudo certo: recomendavam repouso e pronto, eu voltava pra casa, aliviada por ver meu bebê lá em seu lugar, aquele corpinho minúsculo se movimentando e com um coração batendo, cheio de vida.
Mas havia sempre uma pequena pulga atrás da orelha: por que esses sangramentos? Rapidamente encontrava lembranças de episódios semelhantes, acontecidos com conhecidas minhas, e a pulga saía.
Recentemente, no entanto, tive cólicas fortíssimas que me fizeram interromper uma viagem de trabalho para ir novamente à emergência. Uma colega do trabalho dirigiu destemidamente pela BR 101 até a Perinatal, de onde só saiu quando me viu devidamente colocada no setor de emergência. Estou lhe devendo uma pra sempre.
Em pouco tempo fui atendida. Quando fizeram a última ultrassonografia, vi aquele corpinho antes tão serelepe sem movimento. Deve estar dormindo, pensei. A médica que me atendeu disse:
- Mãe, ele está no colo do útero. Não tem como te dizer de outra forma, mas seu coraçãozinho já não bate mais. Seu corpo está expelindo o feto. Ele deve estar morto há uns dois ou três dias, porque seu tamanho não bate com a idade gestacional.
Me desandei em lágrimas. Se há três meses antes chorei por saber que estava grávida novamente, desta vez chorei ainda mais. Poucas coisas são mesmo comparáveis a perder um filho.
Sei que no primeiro trimestre, em geral isso acontece por má formação do feto. Mas e daí? Qual a mãe que consegue racionalizar isso, depois de ver sua barriga crescer, de ver o nenê se mexer na ultra?
Fui encaminhada rapidamente para o centro cirúrgico. Na maternidade, estavam três anjos da guarda: meu marido, que esteve ao meu lado todo o tempo, minha atual obstetra, Dra. Angélica, e o obstetra que acompanhou o pré-natal da minha primeira filha. Ela fez todos os procedimentos com sua equipe nota dez, e ele, Dr. Paulo César, gentilmente foi me visitar, em todos os momentos que sua rotina permitiu.
Agora, meu ninho interno se encontra vazio novamente. Do meu coração, parece que caiu um pedaço. A dor física gerada pela aspiração e pela ocitocina não se comparam à tristeza que estou sentindo.
Mas sei que devo olhar pra frente: a vida continua, não é mesmo? Então vamos ver o que mais ela me reserva. Afinal, depois da tempestade, vem sempre um céu azul, e é por ele que estou esperando agora.
Arco-íris primário e secundário com faixa negra de Alexander
(Primary and secondary rainbow with Alexander's dark band)
imagem daqui.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Bendita cegonha

Imagem daqui.
Vou começar este post esclarecendo umas coisinhas pra quem ainda não me conhece muito bem. Tenho uma anemia chamada HPN, ou Hemoglobinúria Paroxística Noturna. Uma doença rara, cujo maior transtorno é a ocorrência de tromboses. Pra quem quiser conhecer um pouco mais sobre isso, pode acessar esta página da Wikipédia, na versão de 13h18min de 24 de junho de 2011 (ver histórico), que parece bastante correta. Pra resumir bastante o assunto, sou uma pessoa que pode viver uma vida normal, mas que de vez em quando tem que tomar certos cuidados ou não pode fazer certas coisas, como tomar hormônios, por exemplo. Se eu fosse homem, isso não significaria muita coisa (exceção: querer ficar com o corpo do Conan), mas como mulher, essa impossibilidade se traduz em não poder usar anticoncepcionais. E pelo risco do sangramento e da trombose, DIU também está cortado da lista. Sobraram o preservativo e a tabelinha para fazer o planejamento familiar.
Assim funcionou por um bom tempo: 9 anos de namoro e 4 de casamento, tempo depois do qual resolvi "relaxar" um pouco e apareceu a minha linda filhota. Claro que a sua gestação foi cercada de cuidados, como hemogramas frequentes e o uso de anticoagulante (heparina de baixa densidade, injetável) no final da gravidez, quando um hemograma acusou macroplaquetas circulando no meu sangue. Aí os exames passaram a ser semanais, pois a queda de plaquetas foi grande, quando comecei a usar a heparina.
Não posso dizer que minha gravidez foi totalmente tranqüila, pois ficava tensa a cada queda (vertiginosa, diga-se de passagem) das plaquetas. Somando isso ao fato de não ter conseguido um parto normal e ter muito pouco leite (não sei dizer se isso foi devido ao HPN), não passou pela minha cabeça repetir a experiência. Sou filha única e gosto de uma família de 3. Sei dos riscos que corri na gestação, e para completar, meu médico sempre desaconselhou uma nova gravidez. Continuei utilizando o método que funcionou por 13 anos, confiante.
Pois dia desses, uma modificação no meu corpo me atingiu como uma bomba: ele estava abrigando mais uma criança. Como, se fiz tudo como sempre? Preciso dizer que fiquei apavorada? Minha cabeça foi tomada por um furacão. Frases me assombravam: "não engravide", "vai passar por tudo de novo", "é, mãe, você tem pouco leite", "não pode parar de usar o Clexane". Chorei muito quando vi o resultado positivo no teste caseiro, tive diversas noites insones por conta dessa novidade. Pensei até que não poderia continuar a gestação.
Pra completar, demorei a conseguir contato com meu hematologista. Mas quando finalmente conversei com ele, me senti mais aliviada. Vale a pena reproduzir um trechinho da conversa, que aconteceu enquanto almoçava com meu pai, muito desanimada:
 - Dr. Daniel, descobri que estou grávida de novo.
Uma pequena pausa.
 - Uau! - outra pausa - E o que você está pensando em fazer?
 - Bom, o que for melhor pra minha saúde. Já tenho uma filha pra criar. - disse, muito tensa.
 - Olha, você não precisa tomar nenhuma atitude extrema, mas sabe que deve ter uma série de cuidados... Quero ver você o quanto antes e vou querer que use o Clexane desde agora.
Pronto. Já bastou pra eu ficar feliz e ter apetite novamente. Devorei meu almoço e ainda pedi sobremesa.
Ainda não fui vê-lo, meu primeiro pré-natal foi aos trancos e barrancos, mas a cada dia me sinto um pouco melhor. De vez em quando ainda me bate uma insegurança, um pouco de incerteza quanto ao futuro: não me preparei para uma família de 4; sou filha única, às vezes me sinto incapaz de educar irmãos. Lembro do preço do remédio que tenho de tomar e sinto arrepios. Mas Deus sabe o que faz. Acho que um irmão fará muito bem à minha filhota. E pra falar a verdade, por que é que eu nunca liguei as trompas, se eu realmente não queria engravidar de novo? É, bendita seja essa cegonha... Tomou por mim uma atitude que eu jamais tomaria.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

(B)Log de viagem - direto do túnel do tempo!

Post atrasadíssimo, esse. Deveria ser da semana passada.
Lembra que no post anterior eu não sabia mais onde estavam as lojas uruguaias que marcaram minha infância e adolescência? Pois bem: num novo passeio com a minha mãe, encontrei a loja da Manuela exatamente como sempre foi (bom, na verdade, com área um pouquinho reduzida): apinhada de casacos, blusões, sapatos, ceroulas, meias de pura lã uruguaia, misturadas com roupas de verão, camisolas e outros artigos que somente na loja dela poderiam combinar. Foi uma alegria também encontrar a própria Manuela comandando tudo com seu mesmo jeitão, usando seus mil argumentos para convencer que o artigo que estava em suas mãos era o mais adequado para a ocasião, que o preço era o mais em conta, etc. E parece que não envelheceu nada, nos últimos 15 anos que não a vi. Sim, porque da ultima vez que estive em Jaguarão, não passei em sua loja. Como deve fazer uns 10 anos que não visito a cidade... Bom, chega de contas. O fato é que ela estava ali, igual a sempre, com a mesma vitalidade, inclusive.
Tive ainda a felicidade de encontrar com uma de minhas primas em uma das lojas de Free Shop de Rio Branco. Estava olhando as câmeras fotográficas (agora descobri que o que pra mim é uma DLSR, pros lojistas é uma reflex) e num desses momentos que a gente desvia o olhar, a encontrei no mesmo balcão, a poucos metros de mim. Tive de olhar umas duas vezes até acreditar! Nossa, eu não podia estar mais contente! Conversamos bastante, trocamos muitos abraços e combinamos um novo encontro, com mais primas inclusive. Não levei a câmera, mas guardei no coração um momento muito especial, que só lá poderia registrar.
Pra completar, meus pais também encontraram amigos que marcaram suas juventudes, e ao que parece, isso serviu para animá-los. É, minha castigada Jaguarão: os teus encantos estão escondidos em cada esquina...

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

(B)Log de viagem! - (re)conhecendo Jaguarão

Anteontem, tivemos um "pot pourri" das atracões da região. As melhores se situavam do lado de lá da ponte Mauá. Primeiro, fomos aos tais Free Shops de Rio Branco. Pra mim, que conheci uma Rio Branco pequena e tímida, com um comércio interessante, mas basicamente de produtos locais, foi um susto ver como cresceram as então pequenas lojas da Neutral, do Mario e outras. Cadê, por exemplo, a loja da Manuela, que vendia couros? Deve ter se transformado em um daqueles gigantes. Em outros tempos, eu me perdia por entre suas araras repletas de artigos em lã e couro, procurando por roupas de inverno que só encontraria ali. O sobretudo que usei na minha primeira viagem à Europa saiu de suas prateleiras. Também não conseguia lembrar mais em que loja comprava os queijos de colônia e um outro molenga, que se derretia no balcão, excelente para sanduíches. Tudo que via agora era a pujança de um comércio de importados, muitos finíssimos, e outros nem tanto. Lembro-me que para comprar perfumes importados de boa qualidade no Uruguai, havia uma farmácia na Coxilha, que tinha de tudo um pouco. Deve ter se transformado agora numa dessas grandes lojas depois da ponte.
De qualquer forma, fui arrebatada pelos estabelecimentos espaçosos e sortidos (apesar de ainda não ter encontrado a câmera DLSR que desejo), onde trabalhadores brasileiros e uruguaios se mesclam para atender o público cada vez maior. Numa quarta-feira as lojas já ferviam, imagino como deva ser o fim-de-semana! Ou talvez seja melhor nem imaginar... À tarde, depois de almoçar com minha família em um restaurante no Brasil (com donos muito simpáticos), um pouco de descanso e uma nova visita ao Uruguai, desta vez para apresentar à minha filha a Lagoa Mirim.
Antes, uma parada estratégica numa das melhores padarias de Rio Branco, pra minha mãe comprar os quitutes da viagem. Sim, viagem, pois a lagoa fica longe dos centros urbanos. Algo como 20 minutos de estrada, passando por fazendas de ovelhas, de gado de corte e plantações de arroz, muitas plantações de arroz.
Cansada, minha boneca dormiu no caminho, e foi acordada pelo vovô quando já estávamos estacionados em frente à praia. Isso mesmo, praia com areia e tudo, até mesmo com gaivotas, moluscos e umas marolinhas formadas pelo intenso vento que está sempre marcando sua presença. As diferenças entre uma praia de lagoa e uma de mar são basicamente a cor da água, o gosto e o fato de você às vezes poder enxergar o lado de lá. De resto, tudo igual: as casas de veraneio, o comércio de temporada... Ah, sim há mais uma diferença básica: quando o nível da água baixa na lagoa, não é só por fatores naturais, mas porque estão retirando água para as plantações.
O nível da Lagoa Mirim está baixo, este ano, o que não atrapalhou a diversão de minha filha. Uma criança fresca talvez não topasse muito pisar na areia quase lodosa que se apresentava diante de nós, por causa do nível baixo. Mas ela não se intimidou nem um pouco e avançou água adentro, onde conheceu duas meninas uruguaias muito simpáticas. Num instante ficaram amigas, e minha filha já trocava o "sim" pelo "si", arranhando o melhor "portunhol" que podia, para uma menina de 5 anos. Juntou-se à brincadeira um brasileirinho com uma prancha de windsurf sem a vela, o que garantiu diversão por muito tempo. Foi difícil tirá-la de lá, mas era preciso, pois seu bisavô já estava muito cansado e precisava voltar pra casa. Ontem foi o dia da procissão fluvial de Nossa Senhora dos Navegantes. Estava chovendo fininho, as festividades se desenrolaram com muita simplicidade. Registrei o evento com uma foto do barco mais decorado.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

(B)Log de viagem! Cruzando o Rio Grande do Sul

Ontem, na estrada, achei bem agradável perceber a mudança de cenário, indicando os outros costumes, a economia diferente. Parecia que o Rio Grande do Sul se dividia em dois: um pré-Porto Alegre e um pós-Porto Alegre.
À medida que nos afastávamos de Serafina Corrêa, os campos de milho e soja iam dando lugar a fábricas, as pequenas casas isoladas a assentamentos do MST e acampamentos indígenas. Chegando bem perto da cidade, podia-se ver as usinas de reciclagem e os prédios crescendo, em proximidades e andares.
Uma agradável pausa para o almoço na Casa das Cucas me fez pensar no apego do gaúcho às suas tradições. Um cartaz no banheiro feminino pede às clientes que não lavem suas cuias na pia... Quantas cuias a serem lavadas na beira da estrada, a ponto de entupir a extensa fileira de lavatórios daquele banheiro!
Ao nos afastarmos, esse cenário de cidade grande foi dando lugar a uma paisagem bucólica, novamente, mas com características diferentes:  o milho e a soja foram rareando, e começaram a aparecer pastagens, gado, arroz, silos... As casas do campo, que anteriormente eram de madeira, passaram a ser de alvenaria. As cidadezinhas com entradas floridas foram substituídas por outras mais austeras, até um pouco castigadas pelo tempo e por pessoas não muito interessadas em preservar as belezas de onde mora.
Uma dessas entradas é justamente a de Jaguarão. Um belo projeto inspirado na Ponte Mauá, mas com todas suas janelas quebradas, pedaços de madeira tapando alguns vãos e nenhuma florzinha pra dar cor ao conjunto... Mas vamos em frente! A Cidade Heróica ainda resiste aos maus tratos que tem sido submetida. Torço para que o recente tombamento do IPHAN abra os olhos de seus moradores e visitantes.

sábado, 28 de janeiro de 2012

(B)Log de Viagem!



Estou fazendo com minha família uma viagem que há muito tempo desejava e não conseguia realizar. Há vários anos não conseguia retornar ao Rio Grande do Sul pra ver a meus parentes, e agora estou aqui. Estão reservados alguns dias para Serafina Corrêa e outros para Jaguarão. São duas cidades que, além de guardarem um pedaço do meu coração, tem uma série de outros predicados que faço questão de apresentar.

Com pouco acesso à Internet, acredito não poder postar todos os dias. Sendo assim, vou pular o dia que passamos em Porto Alegre (até porque foi pouco tempo) e vou direto pra Serafina Corrêa, onde fiz com minha filhota uma linda sessão de fotos e diversos passeios muito agradáveis.
Estamos aproveitando pra mostrar pra minha filha um gostinho da vida em cidade pequena, do ambiente rural, essas coisas. Bom, vou deixar as fotos falarem por elas mesmas.

Contato extremo com a natureza!

Arquitetura típica da colonização italiana no Brasil.
Capelinha fofa, né?

Minha pescadora... Pegou uns 12 peixinhos!

Visitando a escola rural de Serafina

Minha filhota "batizou" essa terneira de 20 dias com o nome de Lilica.

Ela amou brincar com brita. Escalou, escorregou e até jogou pro alto!

Uma das maiores diversões: servir um banquete pras galinhas,
pros patos,  pros  gansos e outras aves  domesticadas.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Blogagem coletiva: esmaltes e verão

Nesse verão, vou fazer uma coisa muito especial com a minha filhota: um book. E pra deixar ainda mais divertido, compramos roupas iguais! Aqui está a dela e o esmalte que escolhi pra complementar a produção: o Granada, da coleção de pedras preciosas da Risqué.


Amo os foscos, e acho que combina com o aspecto artesanal da roupa.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Misturando Blog Retrô com desafio do 7 mesmo sem convite...

Esse 7 de nuvem saiu daqui. Clique e
aproveite pra conhecer um pouco
mais sobre esse número...

Queria enviar mais uma postagem para o Blog Retrô 2011, dessa vez, do meu blog mais "menininha". Aproveitando que a formatação é livre, resolvi encarar o desafio do 7 que vi no blog da Fernanda Reali. Tudo bem, não fui convidada (até porque minhas atividades em blog começaram pra valer este ano, acho que ainda nem deu tempo de estabelecer uma boa rede), mas achei a idéia tão interessante que resolvi adotar o formato.

Então, fiz minha modesta seleção.

1. o post mais BONITO - ou pelo menos, um dos que mais me emocionou - foi o que escrevi pelo falecimento do meu sogro. Apesar de já ter perdido dois avós e mais algumas pessoas queridas na estrada da vida, acho que nunca tinha visto a morte tão de perto. Isso me impressionou e rendeu esse texto.

2. o post mais POPULAR - um dos mais populares, até agora tem sido o da festa da Alice, um dos mais completos de aniversário que postei. Logo depois, mas crescendo bem, vem o de Barbie Moda e Magia, que fiz pra minha filhota. Geeeente, como as meninas (ou as mães) gostam desse tema. A torre Eiffel é um dos itens mais populares do meu blog. Sempre aparece umas buscas do Google atrás dela.

3. o post que gerou mais CONTROVÉRSIA - esse post não gerou propriamente controvérsia, mas notei que, por muito pouco, esse não seria o lugar dele. Foi Rouca, Surda e com o Pescoço Doendo que me fez perceber a necessidade de um blog só pra falar de Heavy Metal carioca e coisas afins (Rio de Metal)... Ou seja, controverso é o post, coitado! Mas eu gosto dele...

4. o post que AJUDOU mais gente - não sei se tem um específico, mas sempre coloco algumas coisinhas que aprendo de Autocad, Sketchup e outras ferramentas de desenho em computador. Sabe aqueles macetes que a gente só aprende fazendo? Então? Um deles está explicado no post como girar texturas no Sketchup.

5. o post cujo SUCESSO te surpreendeu - o do primeiro quarto da minha filhota. Coloquei-o em uma blogagem coletiva e recebi vários comentários, fiquei muito feliz!

6. o post que não recebeu a ATENÇÃO que deveria - o post sobre uma visita técnica que fiz à região portuária do Rio de Janeiro. Fiquei verdadeiramente emocionada ao conhecer aquele pedacinho de história, que em breve, se tudo der certo, receberá merecida consideração do poder público e reconhecimentos quem mora na cidade.

7. o post de que você tem mais ORGULHO - gostei muito de escrever esse post sobre trabalhar e ser mãe. Por pouco, não rendeu uma entrevista na revista Crescer. Mas quando mandei meus telefones pra jornalista e como era a minha rotina, acho que ela desistiu de mim... Rs!

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