Pais: saibam usar Pokémon Go a seu favor!

Desde que foi lançado, esse jogo causou muita polêmica: várias foram as notícias sobre acidentes envolvendo Pokémon Go, indo desde pequenos mal-entendidos a atropelamentos e morte. Pessoalmente, não vejo motivo para tanto alarde: muitas ferramentas, eletrônicas ou não, causam desastres, esse jogo não é o primeiro... E como tudo que tem desvantagens, há vantagens também. Acho válido, no entanto, antes de falar como educar os filhos com Pokémon Go, tocar nos pontos negativos do jogo.
Dentre eles, há a questão da falta de privacidade e do tal contrato para seu uso, onde o usuário concorda em liberar dados pessoais para uso da empresa. Muitas teorias conspiratórias surgiram, como fuxicar dentro das casas das pessoas, edifícios estratégicos para obter certas informações, etc. Na boa, até eu que sou chegada a uma teoria da conspiração, achei demais.

Sério, acho que a Niantic não deve estar nem aí para ambientes internos como esses! Só acho...

Se você não quiser que o Pidgey beba o seu  refrigerante, pode desabilitar a realidade aumentada (AR)

Confesso que não investiguei isso, mas com as poucas noções de GIS que tenho, tendo a acreditar que as informações mais valiosas que a Niantic quer com o jogo são os trajetos a pé que fazemos. Isso porque ainda não vi nenhum aplicativo que capture esses dados com a riqueza de detalhes que esse jogo pode fazer. Mesmo o Google Maps, que nos dá a opção de achar caminhos a pé e por transportes públicos, o jogo da Niantic com seus pokéstops e ginásios, pode calcular a densidade e o fluxo de pessoas em determinados locais do globo. E isso tem muito valor, mesmo num mundo onde o digital parece cada vez mais importante que o real. Resumindo: sim, você está sendo seguido e suas informações estão sendo coletadas para serem vendidas. Só não era do jeito que você esperava! :P
Muitos pais devem estar preocupados com a segurança de seus filhos, pois esse jogo tem interação com o mundo real: é um elemento de distração, além de tornar a criança ou adolescente um alvo fácil para assaltantes. Mas essa desvantagem pode ser minimizada com a aplicação de uma regra simples: deixe o celular ligado no jogo, mas não o deixe exposto: guarde-o ligado dentro da mochila, no bolso do casaco e só o puxe pra fora na casa dos amigos, ou com um grande grupo de pessoas ou dentro de um estabelecimento seguro. Posto isso, dá pra fazer uma pequena lista de maneiras de usar o Pokémon Go a favor dos pais e da educação das crianças:

1. Convença-o a ir a lugares novos

Você quer muito que seu (sua) filho(a) vá com você a algum lugar e precisa de mais algum argumento? Que tal lembrá-lo que lá tem um pokéstop que ele nunca visitou? Assim, você leva a criança, ela avança no jogo e você tem a oportunidade de mostrar que o lugar não era tão chato assim...

"Vamos naquela farmácia que acabou de inaugurar?"
"Claro, mamãe!" :D

2. Faça-o caminhar

No Pokémon Go o jogador ganha ovos, que só podem ser chocados quando ele caminha. Se o seu (sua) filho(a) é sedentário(a), aí está a desculpa perfeita para fazê-lo se movimentar. Vale lembrar que os ovos apenas chocam quando se está em velocidade baixa, ou seja: de carro não funciona. Bora calçar uns tênis e ir passear no parque!

Além de caminhar para chocar os ovos, você pode achar belezuras como essa circulando ao ar livre.

Sim, aqui perto tinha um pokéstop! E bora caminhar com o celular ligado no jogo...

3. Faça-o divertir-se em trajetos de carro

"Mãe, a gente já chegou? Falta muito?" Quem não sente arrepios por ouvir essas perguntas a cada 5 minutos? Pois é, mesmo com o jogo percebendo que se está dentro de um carro, os pokéstops podem ser usados e há sempre pokémons diferentes pelo caminho. Deixe-o jogar durante a viagem e desfrute de um pouco de paz...

Sim, sempre tem um pokémon dando sopa dentro do carro...

4. Dê-lhe um banho de cultura geral

Os pokéstops geralmente são pontos notáveis como esculturas, pinturas, prédios interessantes, museus... Aproveite-os para fazer seu (sua) pequeno(a) adquirir mais conhecimento: visite centros culturais, praças, locais com arquitetura notável. Será divertido!

Quem disse que museu é chato, é porque não viu esse Onix na entrada...

5. Ensine matemática

Há muita matemática em Pokémon Go, pelo menos para crianças até a quinta série. Multiplicação, divisão, frações, números decimais e porcentagem podem ser explicados através do tema. Quer um exemplo? Saca essa lista de exercícios que eu fiz pra minha filhota.

Multiplicação, divisão e frações pode não ser tão chato
quando o tema é Pokémon Go!

6. Participe da vida da sua criança

Para que as crianças joguem Pokémon Go com segurança, é preciso que os pais façam o cadastro primeiro para depois incluir o cadastro dos filhos. Essa é a forma responsável e correta de autorizá-los a jogar. Já que você teve que se cadastrar, por que não joga também e vivencia um pouco daquilo que seu (sua) filho(a) está passando? Deixe de lado preconceitos como "adultos não participam dessas baboseiras", "tenho coisas mais sérias pra fazer" e "isso é uma perda de tempo" e brinque junto. A infância passa cada vez mais depressa, então aproveite cada minuto. É muito divertido progredir no jogo junto com a cria, poder entrar em seu universo. Solta a criança que tem dentro de você e vai junto com seu (sua) filho(a) para uma jornada pokémon!

Só não vale se empolgar mais do que a criança!
Fonte da imagem original: Wikimedia Commons.

Chá demais

Fonte da imagem: http://www.armonizatuhogar.com/index.php?MODE=1&section=cuadros&keyword=bebida

Ouvi falar de uma menina precoce que curte chá desde os 12 anos. Ela curtia tanto que aos 13 já tinha seu próprio blend mas isso é história pra outro post.
Parece que ela vivia falando o quanto gostava de tomar chá e não perdia uma só oportunidade de sorver a bebida, inclusive com vários amigos. Não passava um dia sem dar uma bebericada. Na boa, acho chá demais, mas enquanto ela não vier aqui em casa e tomar do meu, não tenho nada a ver com isso. Ela que tome todo o chá que desejar.
Eu gosto de chá, sempre que posso, tomo. Acho que tomaria umas 3 xícaras seguidas, desde que fossem do meu sabor favorito, que eu já tomo há um tempão.
Disseram que ela gostava tanto de chá que ostentava seus saquinhos nas redes sociais: frutas vermelhas, preto, hortelã... Até chá de coca ela curtia e postava. Até sua melhor porcelana estava nas redes, pra todo mundo ver! A família e os amigos sabiam desse gosto dela, vários achavam que ela exagerava, mas ela não estava nem aí. Alguns de seus amigos, inclusive, a convidavam pra tomar várias xícaras de uma vez e ela não se fazia de rogada, ia lá e tomava tudinho. O chá quente às vezes agredia sua garganta, mas ela sabia que isso fazia parte. "Logo o ardido passa", ela pensava. E estava certa, passava mesmo e daqui a pouco estava pronta pra outra rodada de sua bebida favorita.
Ouvi falar que um dia ela estava demais. Não sei, acho estranho alguém gostar tanto de chá, mas quem sou eu pra julgar? Parece que ela queria tomar 33 xícaras de uma vez! Dizem por aí que ela chamou uns caras que gostavam tanto de chá quanto ela, para cada um lhe servir um sabor diferente. Contam que ela tomou a primeira xícara, a segunda, a terceira, a quarta e continuava querendo chá. Lá pela oitava xícara, parece que ela já não estava mais querendo. Mas todos os homens estavam lá com a xícara na mão e exigiam que seu chá fosse tomado. Na décima quinta xícara, sua garganta provavelmente estava bem queimada, pois ela já sentia gosto de sangue. Sua barriga estava estufada e dolorida de tanto chá. Mas os homens acharam uma desfeita ela não tomar e continuaram forçando-a a beber o que ela não queria. Ouvi falar que ela ficou desacordada e continuou sendo forçada a engolir. Acabou que tomou as xícaras restantes contra a sua vontade. Pessoalmente, acho que se um pessoa quer parar de tomar chá, independente do quanto ela goste, não devem forçá-la a tomar mais. Imagina então se for outra coisa.

Revisão de matemática

Um post rapidinho pra voltar à atividade...
A febre do Pokémon voltou! Lembro de como os coleguinhas mais novos da minha escola curtiam essa série. Agora é a vez da minha filha!
Pra tornar mais divertido seu estudo de matemática, aproveitei os personagens da série pra montar essa revisão. Não tenho gabarito ainda, quando der atualizo esse post.
Se o seu filho curte essa série também, acho que vai gostar de revisar a matéria dessa forma!
Os exercícios foram pensados para o primeiro bimestre do quarto ano.